segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Aula 03: O hinduísmo (áudio) - Curso de Religiões Comparadas

O curso

Esta terceira aula apresenta uma introdução à cosmovisão e à antropovisão que embasa a religiosidade hindu.
Na primeira aula, vimos uma introdução ao conceito e às características fundamentais das religiões. Na segunda aula, vimos uma introdução geral às diversas religiões do ramo ariano/indiano.

Observação: Os arquivos de áudio abaixo fazem parte do módulo I "As grandes religiões" do curso de Religiões Comparadas, ministrado pelo professor Luiz Gonzada de Carvalho NetoMais informações sobre o curso aqui.


AULA 03: O ramo indiano: o hinduísmo

Parte 1 de 2






Parte 2 de 2







sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Linguagem revolucionária: pequena bibliografia

Vou começar a montar uma pequena bibliografia sobre o efeito do uso da linguagem para impor mudanças drásticas sobre a sociedade.

1) “1984”. George Orwell




2) “LTI - A Linguagem do Terceiro Reich”. Victor Klemperer.




3) “Admirável Mundo Novo”. Aldous Huxley.



4) “Interpreting the Russian Revolution: The Language and Symbols of 1917”. Orlando Figes e Boris Kolonitsk.




5) The Yawning Heights. Alexander Zinoviev.



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Mudança linguística (1)

[Postagem de 23 de agosto de 2012]

Ontem
“Faço parte da elite cultural, da camada mais esclarecida da população, por isso voto na esquerda. Não sou como o povão burro e ignorante que vota na direita em troca de cesta básica”.

Hoje
“A elite prepotente é direitista e odeia a esquerda por que não suporta que o governo alimente o povão”.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Aula 02: As religiões arianas/indianas (áudio)

O curso

Esta segunda aula apresenta uma introdução ao hinduísmo e às demais religiões do ramo indiano.

Observação: Os arquivos de áudio abaixo fazem parte do módulo I "As grandes religiões" do curso de Religiões Comparadas, ministrado pelo professor Luiz Gonzada de Carvalho Neto. Mais informações sobre o curso aqui.



AULA 02: As religiões do ramo ariano/indiano

Parte 1 de 3






domingo, 6 de agosto de 2017

A maldição do Homem de Ferro

[Este texto foi publicado originalmente em 05 de junho de 2010, tratando dos dois primeiros filmes do Homem de Ferro. Sete anos e vários filmes depois (incluindo Guerra Civil), ele ainda se aplica à trajetória do personagem]



O objetivo da guerra é a paz” (Aristóteles)

Como eu ainda não assisti o segundo Homem de Ferro, vou comentar o primeiro.

O protagonista do filme, todos vocês sabem,  é o Tony Stark, um empresário e um gênio da engenharia, cuja empresa fabrica armas para o Departamento de Defesa americano, etc, etc.

Embora não seja um idealista (muito pelo contrário, é um perfeito egocêntrico), Stark demonstra acreditar na importância de seu trabalho. Ou seja, na importância e necessidade de desenvolver para o seu país armas que o coloquem militarmente à frente dos seus inimigos, de modo a promover, se não a paz, ao menos a segurança. (Se isso é uma crença real ou apenas uma racionalização, é outra questão). Diz o personagem:

Dizem que a melhor arma é aquela que não precisa ser disparada. Eu discordo. Eu acredito que a melhor arma é aquela que só precisa ser disparada uma vez”.

Mas aí, todos sabem o que acontece. Stark sofre uma emboscada, é ferido quase mortalmente e vira prisioneiro de um grupo terrorista que quer obrigá-lo a fazer armas para ele. Prisioneiro, ele acaba vendo o “outro lado”. Não é que ele se confronte com exemplos de abusos cometidos pelas forças americanas (pois o personagem não vai virar um anti-americanista), mas ele percebe como as suas armas acabam caindo em mãos dos inimigos e servindo como instrumento de propagação do terror sobre populações inocentes. Cheio de remorso, Stark, então, resolve construir uma armadura e lutar contra etc, etc. Vocês sabem a história.

Mas vejam bem: essa armadura não é nada mais nada menos do que uma outra arma. Ela é simplesmente um passo a mais na corrida armamentista da qual ele já fazia parte e da qual se arrepende. Ela se baseia no mesmo princípio de que os bonzinhos têm que ter armas mais poderosas do que os vilões, se quiserem impedi-los.

Mais do que isso. O cúmulo da ironia é que (assim como ocorreu com as armas anteriores) o seu novo brinquedo, a sua nova arma, a sua armadura também cai no poder dos inimigos (!!!) e é usada para promover o terror! E Stark agora tem que, em nome da paz, tentar derrotar os que se apoderaram de sua mais recente arma.

 Monge de Ferro: a arma da paz cai nas mãos dos inimigos, mais uma vez.



A julgar pelo trailer do segundo filme e pelas informações de colegas que conhecem a história do personagem bem mais do que eu, essa situação simplesmente vai se repetir à exaustão na mitologia do personagem. Se o Superman está condenado a enfrentar Lex Luthor com um pedaço de kriptonita de novo e de novo, o Invencible Iron Man está condenado a enfrentar continuamente inimigos que se apoderam de suas armas, sejam elas metralhadoras ou armaduras de super-heróis.

O personagem, entretanto, continua com o discurso de busca da redenção através do combate aos males provocados por suas empresas e simplesmente não percebe (e o público do cinema também não) a contradição de que, sob um discurso pacifista, a corrida armamentista simplesmente continua. [nota: Não! Eu não estou criticando a corrida armamentista. Ela é simplesmente um fato estrutural da vida humana]

Nada disso, entretanto, prejudica o desempenho do filme (que é bom, com uma excelente atuação Robert Downey Jr., perfeito no papel), desde que o filme seja visto exatamente como é: um bom entretenimento e não um tratado pacifista ou anti-militarista.

Afinal, há dados da realidade dos quais não se pode fugir: os inimigos já estão armados e continuarão se armando, gostemos disso ou não. E isso dá um motivo para pensar a todos aqueles que acham que, em nome da paz, as democracias ocidentais deveriam se livrar de suas armas nucleares, perdendo a sua principal arma de dissuasão contra as ditaduras que querem destruir... essas democracias.

Adaptando uma frase do filósofo Seo Madruga,

Infelizmente, o mal não é a guerra. É ter que guerrear.



Qui desiderat pacem preparet bellum
[Aquele que desejar a paz que se prepare para a guerra]
Publius Flavius Vegetius Renatus

Si vis pacem para bellum
[Queres a paz? Prepara-te para a guerra]
Cícero


 
Nós confiamos em Deus; quanto aos outros, que paguem à vista.